Independente do setor do agronegócio em que você atua, compreender a realidade e as tendências da produção de grãos no Brasil certamente faz toda a diferença para planejar os rumos e traçar as expectativas dos seus negócios.
Afinal, trata-se de um segmento com extrema relevância no cenário internacional, que dita uma parcela significativa das movimentações de mercado. E, que posiciona nosso país entre os maiores produtores do planeta.
Neste artigo, vamos esclarecer como a produção de grãos no Brasil impacta a economia, quais são as previsões esperadas para os próximos anos e os principais desafios a serem superados na área.
Como a produção de grãos no Brasil impacta a economia?
A alimentação mundial se baseia significativamente no consumo de grãos. Assim, trata-se de um mercado extremamente relevante em termos globais, em que o Brasil ocupa uma posição de liderança ao lado de países como China, Rússia, Índia e EUA.
Entre os principais destaques internacionais, está a China enquanto maior produtora de arroz e o Brasil, que é reconhecido como o maior produtor de soja desde 2020, ano em que ultrapassou os Estados Unidos.
Portanto, para o fechamento da safra de 2021/22, estima-se que a produção de grãos no Brasil atinja cerca de 269,3 milhões de toneladas. E, isso representa um aumento de cerca de 13,8 milhões de toneladas em relação à safra passada.
Evidentemente, trata-se de uma atividade responsável por uma enorme fatia do agronegócio brasileiro, que por sua vez tem uma participação média acima de 20% sobre o Produto Interno Bruto do país.
Para você ter ideia, o PIB do agronegócio gera uma receita de mais de R$ 1,2 trilhões. Apenas o segmento agrícola, fortemente impulsionado pela produção de grãos no Brasil, é responsável por uma imensa parcela destes ganhos.
Ainda na safra de 2021/22, as estimativas de área de cultivo no país são de 72,9 milhões de hectares. Graças ao aumento dos preços dos grãos, as áreas previstas para a soja e o milho devem ser ainda maiores e motivar um aumento de 3,8% em relação à safra anterior.
Os dados são da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) e foram divulgados pelo blog Aegro.
Agora que você já sabe da importância da produção de grãos no Brasil, veja no próximo item quais são as perspectivas do setor para os próximos anos.
Quais as projeções para 2023?
Segundo projeções publicadas pela Apla, a produção de grãos no Brasil deve permanecer positiva a partir de 2023. O setor deve produzir cerca 252,4 milhões de toneladas até o fim de 2024, em um acréscimo de 58,8 milhões de toneladas em relação à anterior (13/14).
PRODUÇÃO AGRO – 2023
252,4 milhões de toneladas
58,8 a mais do que a década anterior (2013/2014)
A grande protagonista dessa expansão é a soja, com mais de 10,3 milhões de hectares plantados. Em contrapartida, muitas lavouras terão perdas de área plantada, mas seu volume de produção deve manter-se estável graças aos ganhos em produtividade.
PRODUÇÃO DE SOJA – 2023
10,3 milhões de hectares plantados
Nesse sentido, mesmo com a redução de hectares, projeções do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) publicadas pelo Aegro estimam que a produção de grãos no Brasil deve ultrapassar as 333 milhões de toneladas até a safra de 2030/31.
Para você ter ideia, durante esse processo de elevação produtiva, o arroz terá menos 62% de área colhida e o feijão perderá 36,9%. No entanto, a projeção é que essas culturas não se reduzam graças à adaptação das cultivares, aumento de sua resistência e maior tecnologia no campo.
Então, mesmo que as perspectivas sejam de elevação da produtividade aliada à diminuição das áreas plantadas, o crescimento de alguns produtos deve acrescer o número de hectares plantados.
Esse é o caso do milho segunda safra, por exemplo, que deve aumentar 35,2%, da soja com 26,9%, e do milho com 10,6%. Abaixo, veja os desafios dos produtores para atingir essas estimativas positivas.
PRODUÇÃO DE MILHO SEGUNDA SAFRA
Aumento de 35,2%
PRODUÇÃO DE SOJA
Aumento de 26,9%
PRODUÇÃO DE MILHO
Aumento de 10,6%
Como superar os principais desafios do setor?
Mesmo com as excelentes perspectivas citadas acima, a produção de grãos no Brasil ainda precisa superar algumas dificuldades importantes para que realmente consiga explorar ao máximo o seu potencial de mercado.
O primeiro ponto é a armazenagem e transporte da produção. Considerado um dos principais desafios do agronegócio brasileiro, o armazenamento tem importante papel logístico e dita a qualidade dos grãos, já que está ligado à sua secagem e tratamento fitossanitário.
Por exemplo, cerca de 20% de toda a produção nacional foi perdida por conta da falta de capacidade de armazenamento durante a safra de 2014/2015, como apontam estimativas publicadas pela Rijeza.
Países como os EUA, por exemplo, armazenam cerca de 50% de sua produção, o agro brasileiro dedica pouco mais de 5% à armazenagem. Isso acaba comprometendo o poder de barganha dos produtores e os deixando mais reféns das variações do mercado.
Enquanto isso, em 2020, 1,58 milhão de toneladas de soja caíram pelas estradas e esteiras transportadoras. E, 1,34 milhão de toneladas de milho, segundo o engenheiro agrônomo Thiago Guilherme Péra.
Por isso, outro desafio relevante é a disponibilidade de equipamentos adequados para transporte. Eles são diretamente responsáveis pela produtividade e, além disso, pela competitividade no campo. Isso envolve desde os processos na lavoura, até a logística dos produtos.
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